sábado, 6 de agosto de 2016

sexta-feira, 5 de agosto de 2016


Mania de jogar o cabelo pro lado. 
Mania de sorrir quando sente alguém olhando demais. Mania de coçar os olhos e olhar o visor do celular como se houvesse chegado alguma coisa e não viu. 
Mania de estudar escutando música e revirar os olhos sempre que escuta, ouve ou vê alguma bobagem. 
De sorrisos, de olhares, de vozes e cheiros. 
Mania de achar que nem tudo é aquilo que se vê. 
De imaginar situações com quem nunca viu e se arrepiar, sorrir, se desesperar por isso. 
Mania de fechar os olhos antes de dormir e te desejar boa noite em pensamento, dorme bem, sonha comigo, 
te quero muito e bem.
Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Me traz você, por favor. Me traz e leva embora todas essas coisas chatas que só servem para ocupar minhas horas enquanto você não chega…

Você dormiu com o celular embaixo do travesseiro. Porque até uma ligação dele bêbado, de madrugada, te querendo como última opção, pode ser melhor que esse silêncio.

Claro que eu adoro minha casa, meu cachorro, meus amigos, meus livros, viagens, músicas. Tenho uma vida ótima. Mas nenhuma dessas coisas se comparava ao prazer que eu tinha ao ouvir o barulhinho de uma mensagem dele chegando. Ou de quando o telefone tocava e eu sabia que era ele e o meu coração disparava tanto que eu tinha medo de morrer antes de falar: alô.

Não se digere amor, não se cospe amor, amor é o engasgo que a gente disfarça sorrindo de dor.

Pode parecer maluco, mas todas as minhas súplicas para que você desista de mim, é um jeito maluco de pedir que você não desista nunca, pelo amor de Deus.

Mas aí lembrei, no meio da minha gargalhada, como eu queria contar essa história para você. E fiquei triste de novo.

E eu, no fundo, te perdoava, te entendia, te amava cada vez mais.

-O que você encontrou nele?
-O que faltava em mim.

E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz.

Por que escrevo? Porque é a minha vingança contra todas as palavras e sensações que morrem todos os dias mostrando pra gente que nada vale de nada. Toma esse texto, o único lugar seguro e eterno pra gente.

São tantas as coisas que eu queria te falar e contar. E eu sigo fantasiando que você entende tudo e melhor que todo mundo. E isso acaba comigo, mas, ao mesmo tempo, me tira um pouco da chatice burra e apática de sempre. E então, me vem a ideia de realmente te contar as coisas. E por isso escrevo. Porque se você entra aqui pra ler é você que, com todo o meu amor que você nem imagina, consegue sentir como sendo seu. Não me esquece, por favor. Eu nunca vou esquecer você.

Indo embora para casa, segurei o peito, que parecia solto, e abafei uma lágrima. Como eu queria agora estar com ele.

Tenho todos os motivos do mundo pra te pedir pra ficar comigo, do meu lado, mas não posso fazer isso, preciso sentir que você também quer estar comigo…

"Era como se dissesse, sem dizer: Eu sei que já faz tempo, mas ainda amo você."

– Tati Bernardi 

Dizendo sem dizer




Apaixone-se por alguém que te curte, que te espere, que te compreenda mesmo na loucura... por alguém que te ajude, que te guie, que seja teu apoio, tua esperança...
Apaixone-se por alguém que volte para conversar com você depois de uma briga, depois do desencontro, por alguém que caminhe junto a ti, que seja teu companheiro... 
Apaixone-se por alguém que você goste de conversar, porque quando o tempo for seu inimigo, e as linhas de expressão dominarem sua face e sua vitalidade não for como você gostaria, tudo que restará será bons momentos de conversa com alguém que viveu com você muitas histórias, que segurou as suas mãos inúmeras vezes, que lhe abraçou quando sabia que precisava e que lhe falou a palavra no tempo certo.
Apaixone-se por alguém que se não se importe só com a sua beleza, pois ela é vã. Mas o carinho , o respeito, o conhecimento este aumenta a cada dia.
Apaixone-se por alguém que sente sua falta e que queira estar com você...
Não apaixone-se apenas pela idéia de estar apaixonado!
Tati Bernardi

 E REPITA ISSO PRA VOCÊ MESMO TODOS OS DIAS!

Vinicius de Moraes



Adoro reticências… 
aqueles três pontos que insistem em dizer que nada está fechado, que nada acabou, 
que algo está por vir! 
A vida se faz assim… 
nada pronto, nada definido, tudo sempre em construção… 
tudo ainda por se dizer… 
nascendo… brotando… sublimando… vivo assim… numa eterna reticência… 
prá que colocar ponto final? 
O que seria de nós sem a expectativa da continuação?
Nilson Furtado